...e para aqueles q tao cedo nao se vao esquecer...
THE OBSERVER:
"Young man! Ever wondered what happened to the Village People? Ed Vulliamy traces the extraordinary story of the first gay superstar group, still touring after 30 years, with a trail of drugs, death and recriminations in their wake
a destacar:
So, after three decades, these are the unexpected destinations of canticles by the most iconic gay band ever: sporting events, vodka-popping wedding receptions, solemnly religious bar mitzvahs, primary school discos and aerobics classes. In 2004, then US Secretary of State Colin Powell delivered a karaoke version of 'YMCA' at a ceremony concluding a summit with Asian foreign ministers: 'They have everything for young men to enjoy / You can hang out with all the boys', indeed, Secretary Powell. Prince Charles and Nelson Mandela have shaken a bone to the same song. The Village People's hits, for all their bawdy homosexuality, have outlived tacky 1970s disco music like cockroaches after a nuclear attack. But what about the Villagers themselves? The best known of them bobbed up before Superior Court Judge Mark Forcum on 5 September, in San Mateo, California, at what he promised would be the end of a history of brushes with the law. This was Victor Willis, aka the original Village Cop, front man, singer, one of the band's heterosexual minority and lyricist of its most passable material."
e aqui fica a pérola:
Thursday, November 22, 2007
Sunday, November 18, 2007
Monday, November 12, 2007
Lisboa
Lisboa, cidade suja.
Dos seus lampiões apagados surgem vultos negros cheios de expressão. Das bicas escuras sai o líquido mais horrendo que mata a sede a largos milhares.
São almas que conseguem empobrecer o mais vil dos cenários, tal fonte dos prazeres infames que esquece os que para si trabalharam desde sempre, minhotos, trasmontanos, durienses ou beirões.
Juntos construíram esse projecto de metrópole, juntos o mantiveram e já convertidos o destruirão.
É tal o olhar triste na emblemática Avenida da Liberdade que os edifícios que a limitam pedem permissão para não brilharem. Chegado ao Rossio de chão gasto apetece-me correr pela Rua Augusta até ao rio das maleitas.
Ai Tejo, por pouco me apanhava! Num impulso parei a 2 passos do muro, pensava eu em saltar, Cais do Sodré à vista. Tarde me apercebi e cedo reparei que não podia continuar, tal é a imundice de tal leito que transborda deslealdades, enganos e traições.
Corro, corro, paro e torno a correr até chegar a Belém. Aí deito-me e adormeço até à manhã seguinte na ilusão de encontrar um Mundo novo.
Sim, aí está ele! Bem… ainda estou inebriado pelo fumo que percorre as esquinas mais esquivas do Centro Cultural de Belém, nada mudou. Apanho o autocarro e dirijo-me para o Campo Grande e Lumiar. Esquecida a Ajuda que me foste pelas ruas estreitas de Alfama tanto encontrar o fim de tanto tormento, tanto que é ignorado por todos.
Envenenaste, Lisboa, as boas almas que albergavas. Hoje são apenas resquícios irrecuperáveis que empestam os seus ares, e os vizinhos, lentamente, para o sul e norte.
Lisboa, porque tendo tu Portugal concentrado conseguiste destruir todo o doce espírito que nos caracterizava? Vamos definhando à tua custa.
Roubaste homens, ideias, ambições, mulheres e sonhos a um país que te exclamava a plenos pulmões: “Capital! Capital!” e apagaste as nossas origens.
Eu choro porque não consegui acompanhar-te e aprender a morrer contigo, silenciosamente.
Penso em Cabo Verde, Angola, Moçambique, Timor e lá estou, com os Anjos.
Resigno-me.
Um destes dias pode ser que me tragas quem eu mereça, quem valha a pena, Lisboa.
Dos seus lampiões apagados surgem vultos negros cheios de expressão. Das bicas escuras sai o líquido mais horrendo que mata a sede a largos milhares.
São almas que conseguem empobrecer o mais vil dos cenários, tal fonte dos prazeres infames que esquece os que para si trabalharam desde sempre, minhotos, trasmontanos, durienses ou beirões.
Juntos construíram esse projecto de metrópole, juntos o mantiveram e já convertidos o destruirão.
É tal o olhar triste na emblemática Avenida da Liberdade que os edifícios que a limitam pedem permissão para não brilharem. Chegado ao Rossio de chão gasto apetece-me correr pela Rua Augusta até ao rio das maleitas.
Ai Tejo, por pouco me apanhava! Num impulso parei a 2 passos do muro, pensava eu em saltar, Cais do Sodré à vista. Tarde me apercebi e cedo reparei que não podia continuar, tal é a imundice de tal leito que transborda deslealdades, enganos e traições.
Corro, corro, paro e torno a correr até chegar a Belém. Aí deito-me e adormeço até à manhã seguinte na ilusão de encontrar um Mundo novo.
Sim, aí está ele! Bem… ainda estou inebriado pelo fumo que percorre as esquinas mais esquivas do Centro Cultural de Belém, nada mudou. Apanho o autocarro e dirijo-me para o Campo Grande e Lumiar. Esquecida a Ajuda que me foste pelas ruas estreitas de Alfama tanto encontrar o fim de tanto tormento, tanto que é ignorado por todos.
Envenenaste, Lisboa, as boas almas que albergavas. Hoje são apenas resquícios irrecuperáveis que empestam os seus ares, e os vizinhos, lentamente, para o sul e norte.
Lisboa, porque tendo tu Portugal concentrado conseguiste destruir todo o doce espírito que nos caracterizava? Vamos definhando à tua custa.
Roubaste homens, ideias, ambições, mulheres e sonhos a um país que te exclamava a plenos pulmões: “Capital! Capital!” e apagaste as nossas origens.
Eu choro porque não consegui acompanhar-te e aprender a morrer contigo, silenciosamente.
Penso em Cabo Verde, Angola, Moçambique, Timor e lá estou, com os Anjos.
Resigno-me.
Um destes dias pode ser que me tragas quem eu mereça, quem valha a pena, Lisboa.
Thursday, November 01, 2007
Subscribe to:
Posts (Atom)